sexta-feira, julho 04, 2003

That 80's show

Sou um fã incontesto da dita "década perdida". Gosto das músicas, da cultura pop que se formou naquela época, da maneira que as coisas aconteciam...

Thundercats, He-Man, Gi Joe, Transformers. O que seria da minha vida sem esses saudosos personagens? Bom, talvez tivesse sido uma infância melhor, com menos televisão e mais brincadeiras de rua. Porém, acho que ter crescido da forma como cresci me ajudou muito e definiu o caminho que escolhi para minha vida. Se não fosse tão ligado em mídias, cultura pop em geral, música e literatura, nunca teria me tornado jornalista. Apesar de não estar totalmente feliz com meu emprego, num contexto maior sou muito feliz. Afinal de contas não são muitas as pessoas que podem dizer que se sustentam lendo e escrevendo (que, em última instância, é o que eu faço).

Nunca pensei em ser outra coisa na vida que não jornalista. A não ser é claro quando era bem pequeno e falava que ia ser "cientista" ou "astronauta". As palavras é que definiram toda a minha existência, desde o momento em que tenho consciência dela. Aprendi a ler sozinho com três anos de idade, de tanta vontade que tinha de entrar nesse mundo das palavras. E coleciono gibi dos sete até hoje (aliás, nem tenho mais onde guardar tanta coisa).

Enfim, comecei falando dos anos 80, a década em que cresci e da qual guardo muitas lembranças - a maioria delas muito boas, mas acabei divagando (como já é de praxe). Mas como este é o já tradicional post de "Bom final de semana", deixo aqui uma música muito eighties, desejando a todos boas lembranças - lembranças ternas, aconchegantes e que te façam bem.

Fiquem com Whitesnake e "Here I go Again", do álbum "Saints and Sinners", de 1982. A banda tinha somente três dos maiores ícones do rock n' roll: David Coverdale arregaçando nos vocais, Jon Lord destríndo nos teclados e Ian Paice esmirilhando a batera. Como não poderia deixar de ser, o disco vendeu horrores e trazia além dessa maravilha cuja letra coloco logo abaixo, as clássicas "Crying in the Rain" e "Victim of Love".
Aqui vai e até semana que vem.

Whitesnake
Here I go Again

I don't know where I'm going
But, I sure know where I've been
Hanging on the promises
In songs of yesterday
An' I've made up my mind,
I ain't wasting no more time
But, here I go again
Here I go again

Tho' I keep searching for an answer,
I never seem to find what I'm looking for
Oh Lord, I pray
You give me strength to carry on,
'Cos I know what it means
To walk along the lonely street of dreams

An' here I go again on my own
Goin' down the only road I've ever known,
Like a driftter I was born to walk alone
An' I've made up my mind
I ain't wasting no more time

I'm just another heart in need of rescue,
Waiting on love's sweet charity
An' I'm gonna hold on
For the rest of my days,
'Cos I know what it means
To walk along the lonely street of dreams

An' here I go again on my own
Goin' down the only road I've ever known,
Like a driftter I was born to walk alone
An' I've made up my mind
I ain't wasting no more time

But, here I go again,
Here I go again,
Here I go again,
Here I go...

An' I've made up my mind,
I ain't wasting no more time

An' here I go again on my own
Goin' down the only road I've ever known,
Like a driftter I was born to walk alone
'Cos I know what it means
To walk along the lonely street of dreams

An' here I go again on my own
Goin' down the only road I've ever known,
Like a driftter I was born to walk alone
An' I've made up my mind
I ain't wasting no more time...

But, here I go again,
Here I go again,
Here I go again,
Here I go,
Here I go again...

quarta-feira, julho 02, 2003

Piores de todos os tempos

Tô há algum tempo esquentando pra fazer umas listas de top 5 e vou começar agora, de baixo pra cima, Ou seja: do pior pro melhor. Seguem os 5 piores filmes que já vi em toda minha vida.

5 – Dominação
Esse aqui é muito ruim. É com a Winona Ryder e o Ben Chaplin. A mina descobre que o diabo (sim, ele mesmo. O carmulhão, o tranca-rua, sete flechas, o coisa-ruim, o demo, o fedido, etc, etc) está voltando por meio de uma conspiração (!!). Aí ela tenta impedir isso de acontecer convencendo um jornalista policial e todo certinho que ele é o centro desse imbróglio. Péssimo!! Roteiro com mais furos que um queijo suíço.

4 – Inesquecível
Bom, de Inesquecível, só o título. Ray Liotta estrela essa pérola do filme ruim. O cara tem sua mulher assassinada e, por grande conveniência da vida, ela era uma cientista que estava trabalhando com um soro retirado de cadáveres (Jesus, me proteja!!) que permite quando injetado em outras pessoas, que elas tenham as últimas memórias do morto. A premissa parece razoável? Não, não é. O filme é grotesco. Sorte que na época eu tinha namorada e “vi” o filme com ela.

3 – Spawn, o Soldado do Inferno
Esse aqui, realmente, ninguém merece. Tá bom, meus amigos quadrinheiros vão dizer que é a minha implicância com o Todd McFarlane (criador do personagem) falando mais alto aqui. Mas não é. A revista já não tinha pé nem cabeça. Mandaram pro filme é ficou mais ridículo ainda. É um videoclipe (mal feito) de mais de duas horas de duração. Trash, do trash do trash. Aquela capa feita por computador, só pra lembrar os desenhos (ridículos) do McFarlane é das piores coisas já idealizadas pela mente humana. Argh. Só de lembrar desse filme meu estômago vira.

2 – Godzilla
Então teve um puta hype em cima desse filme. Afinal de contas muita gente (eu inclusive) era fã dos velhos e clássicos trash movies japas, com o Godzilla, o Mech Godzilla, a Mothra e todos os outros bichos. Ok. Aí a gringaiada mistura isso com os franceses, cria uma mistura de Alien com um T-Rex e chama de Godzilla. Pô, o velho e bom God tinha um charme indiscutível. Mas aquilo não dava. Ainda tem o Mattew Brodderick pagando o micão de ficar ali. Não dá... a cena em que um táxi consegue sair rodando de dentro da boca do bicho resume toda a merda que saiu dali.

1 – A Reconquista
NADA É PIOR QUE ISSO!!! Esse é o campeão dos filmes péssimos. Sabe o John Travolta? Aquele dos “Embalos de Sábado à Noite” e “Grease”. Pois então... o homem teve um “revival” nos anos 90 com filmes do tipo de “Pulp Fiction” e “A Última Ameaça”. Aí ele se meteu com uns caras da cientologia, uma suposta religião fundada por um escritor de ficção científica, o L. Ron Hubbard. E noiou fortemente nisso. E decidiu fazer uma versão em filme da “obra-prima” do cara, um livro chamado Battlefield Earth. Juro, o Travolta é o vilão, ele tá com uns rastas tipo o que os irmãos fantasma usam no Matriz Reloaded e tem umas coisas enfiadas no nariz, pq ele é um alien e supostamente o ar da Terra mata ele.
Juro, é muito ruim mesmo. É abaixo de zero, abaixo de menos 40, pra ser mais exato. Assisti esse filme na sessão da meia-noite, num cinema lotadaço e na metade do filme, aproximadamente 60% das pessoas estava **dormindo**. Não é pra qquer um. Se um dia alguém aparecer c/ esse filme na sua casa, mate-o. Ninguém que te conhece minimamente faria uma maldade dessas à toa.

Amigos

Ontem eu estava limpando minha caixa postal e encontrei um e-mail que um cara que considero como meu irmão me mandou no dia 11 de dezembro do longínquo ano de 1999. Mensagem animal, que achei que deveria compartilhar com vocês, até pq é o que eu sinto em relação a muitas das pessoas que frequentam este blog.

Meus secretos amigos

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.

Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta
necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,
eis que permite que o objeto dela se divida em outros
afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite
a rivalidade, e eu poderia suportar, embora não sem dor,
que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.

Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles.
Eles não iriam acreditar! Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na
sagrada relação de meus amigos.

Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.
E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários,
de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu,
tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado.
Se todos eles morrerem, eu desabo!
Por isso é que sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar.
Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.

Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos,
cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...

Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite
ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo,
todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber
que são meus amigos!

"A gente não faz amigos, reconhece-os."

Crônica De: Garth Henrichs

terça-feira, julho 01, 2003

Diferenças

Conversava com uma amiga agora cedo sobre os problemas com relacionamentos. É um assunto que nunca termina. Mas eu penso que o mais complicado é quando percebemos que nos enganamos, que nosso castelinho de cartas ruiu...
Nessas horas, é necessário ter em mente que todos os anseios são seus. Não da outra pessoa. Os outros não têm a menor obrigação de sentir o mesmo, de querer a mesma coisa. As pessoas quase sempre estão em estágios diferentes na vida... em freqüências diferentes. E aí você acaba esperando delas coisas que estão somente em você...

P.S: Este post não foi escrito para ninguém especificamente na minha vida, ok? É apenas um pensamento que compartilho com vcs. Então relaxem, críticos de plantão...

segunda-feira, junho 30, 2003

Sons da cidade

Nativaaaaaaa - O Amor de São Paulo
- Do rádio do cobrador da linha Terminal Princesa Isabel/Terminal Sto. Amaro

Compro passe, vendo passe, compro passe, vendo passe
- do ambulante em frente ao meu escritório na Paulista

Skóumreal, Skóumreal, Skóumreal, Skóumreal, Skóumreal, Skóumreal, Skóumreal, Skóumreal
- Mais um ambulante, as imediações da Praça da República
(a tradução é: Skol: um real!)

Eu poderia estar roubando, eu poderia estar matando, mas estou aqui trabalhando
- De rapaz entrando no ônibus e tentando vender balas na linha Aeroporto/Perdizes

Cenas da cidade

Jô Soares libera o anel
- Pichação na Av. Brigadeiro Luis Antônio

Lindas Gaúchas. Taxa única – 20 Reais
- Faixa vista na Av. Santo Amaro

Pessoas sem nada pra fazer às 10 da manhã
- Fato constatado em passagem pelo Parque do Ibirapuera