quinta-feira, novembro 21, 2002

Friendship

Hoje o dia foi atípico. Logo de manhã, chegou a notícia de que o pai de uma amiga da classe havia falecido.

Nós tínhamos prova. Todo mundo fez e seguiu para o velório. Coisa muito triste. Vinte e poucos anos e perder o pai. Ainda mais nesse época de final de ano. Com coisas como formatura no nosso caminho.

Apesar de toda a tristeza no ar, uma coisa me deixou feliz. Vi que as pessoas se gostam na minha classe. Elas se importam.

Porque dar risada na balada, pular na piscina no churrasco e cantar junto é fácil. Mas abraçar quem precisa de força, daquela força que só amigos verdadeiros compartilham, isso é bem mais complicado.

Que Deus ilumine a minha amiga e que seu pai descanse bem e em paz.

E que as pessoas com quem eu convivo continuem sendo assim, como elas são.

Valeu, cara aí de cima. Me deu muita sorte mesmo.

terça-feira, novembro 19, 2002

and life goes on...

Bom, nesse interlúdio quadrinístico algumas coisas começaram a ocorrer na minha vida.

Primeiro, o fim da faculdade de fato bateu em minha porta e essa é praticamente minha última semana lá. Sinto uma mistura maluca de medo, ansiedade e alegria. Aaaaaaaahh... que loucura!!

Segundo que eu acho que estou caminhando prum namoro. É... sabe a garota do diálogo, aquela com quem saí depois e tal? Como ela deve aparecer mais por aqui, vamos chamá-la de Cindy.

Então... ela é uma pessoa fantástica... adorável, inteligente, bonita... tudo do bom e do melhor. Não sei se vamos namorar, ter algo mais sério... mas tá parecendo. Já estamos "namorandinhos". Nos falamos no ICQ o dia todo, trocamos e-mails, telefonamos... Ruim é que tô fudido de coisas pra fazer (da facu e do trampo) e só vou conseguir vê-la na sexta. Mas tá um clima muito gostoso.

Daqueles de encher o peito e sair gritando pela rua... uma idiotice daquelas que só quem gosta sabe como é...


segunda-feira, novembro 18, 2002

Over, and over again

Eu falo que gibi sempre dá pano pra manga...

Recebi essa mensagem de Mentalus, provavelmente o cara que mais entende de DC Comics deste lado do equador:

"... foi afetada por isso. Sem falar em sagas sem o menor sentido e coisas como "Knightfall" ..."

Você está falando só de memória, a primeira parte- até o Bane "quebrar"o Batman, é boa.
Digo, não "boa-como-Alan Moore", mas tenha em mente que ainda é Batman cinza-e-azul clássico & etc. Doug Moench & cia
escrevendo - e acima de tudo, caras como Jim Aparo e Norm Breyfogle desenhando.
Jesus Cristo, a Adrienne Roy ainda pintava à mão!!!!!!!

Se quiser culpar alguém, culpe a colorização por computador, isso sim.

E "Tormento" do McFarlane, com "o" no fim, foi-e é- ridícula. Extremamente amadora, grotesca & etc.
Não é possível alguém falar bem de Tormento, só esses mirins-C da vida que acham que o Homem-Aranha é
aquele pernilongo esquelético como ele é desenhado hoje em dia.


Como, quase sempre no que diz respeito a quadrinhos, ele tá certo. Primeiro que eu tava escrevendo de cabeça mesmo. Segundo que o Batman "clássico" que rolou ali era bom mesmo.
E terceiro, e mais importante, o visual do Homem-Aranha daquela época pra cá. Putz, que degringolada!! Peguem o Byrne desenhando ele na década de 70... Ali sim!

Ele é o HOMEM-Aranha. Não o Aranha-Homem. Esse jeito todo torto e magricelo que fazem ele hoje fode tudo...

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it's the fucking market

De fato, o mercado acabou selecionando as coisas. E achei muito bom o exemplo que o Vitão deu no comentário dele, comparando bandas de Heavy e quadrinhos. Sem duvida, existem gibis que tem um público específico e fanático. E esses vão continuar por um bom tempo. Savage Dragon é um exemplo disso. Eu não gosto, mas tem quem goste.
Muito bom quando é assim. O problema é quando surge uma moda e a galera se agarra a ela com unhas e dentes. Como foi na época da Image Age.

Ah, e quem compra gibi hj é adulto. Pode não ser na mentalidade, mas certamente o é no bolso. E é a grana que move o mundo.


domingo, novembro 17, 2002

The last son of Krypton

Como sempre, os quadrinhos geram polêmica. Mas antes de voltar à discussão, agradeço ao meu camarada Black Crow pela correção gramatical oportuna. A correção automática do word tá me deixando mole...

Bom, voltando ao assunto, vamos começar falando do bando de McFarlane. Nesse barco eu incluo Jim Lee, Rob Liefield, Marc Silvestre e demais plagiadores da época.
Vitão citou Tormenta para falar dessa turma. Essa eu até concordo que seja razoável. Não é muito das minhas, mas entra aí o gosto pessoal. É óbvio que todos eles produziram em suas carreiras obras com qualidade superior à média. Meu problema com esses caras é que com eles se iniciou a chamada "Image age of comics", que só foi acabar quando, simbolicamente, o Superman deu um pau no "Cable" (Magog) em Kingdom Come.

Naquele tempo, é inegável, houve uma predominância da imagem sobre o texto. É só pegar bobagens como Gen13, Ripclaw e Fathom para comprovar. O que importava era ter mulherões na capa, prum bando de moleque punheteiro ficar viajando. A história era praticamente zero. E nem mesmo a DC Comics passou impune a isso. Temos Gunfire e a Mulher-Maravilha do Deodato pra provar que a mais tradicional das editoras também foi afetada por isso. Sem falar em sagas sem o menor sentido e coisas como "Knightfall" no Bats e o gancho no Aquaman.

Aquela, no meu modo de entender, foi uma época trágica pros quadrinhos. A quantidade de lixo produzida foi sem tamanho, deixando sequelas até hoje. É só ver o que a Marvel anda fazendo, com suas jogadas de marketing, uma atrás da outra (U Decide? Kiss my ass, come on!), sem nenhum respeito por cronologia, tradição e coisas assim. Claro que tem gente que acha que esse caminho é válido. Eu concordo em alguns aspectos... Mas outra hora falo mais disso. Só pra completar, enquanto a Marvel segue por essa linha, a DC se mostra como o local em que o fã mais ortodoxo encontra o que procura: coerência, respeito máximo à cronologia e o Superman como o cara mais legal do universo! :-)

Agora, falando do Super, é isso que a maioria não pega... Ele é o mais humano de todos. Não é um deus. Ele pode até ser visto assim pelas pessoas e pelos outros heróis, mas na verdade ele é um carinha do interior, um moleque do Kansas, que cresceu numa fazenda, foi pra cidade grande e virou repórter.
Uma pessoa comum, com problemas comuns, que só tenta sempre fazer as coisas certas.

E ok, usar Alan Moore como exemplo foi sacanagem mesmo... hehehehe

Ah, só pra terminar, comentários sobre John Byrne e Frank Miller.

O primeiro continua com uma imaginação absurdamente fantástica. A série dele que já foi cancelada, Lab Rats, tinha tudo pra ser das melhores revistas de aventuras dos últimos tempos. Uma pena que vai acabar no #8. Ele ainda tem aquela chama dos velhos tempos. Tá mais fria, é verdade. Mas tá lá. Lendo Generations, principalmente, percebe-se isso. Ele ainda segue o preceito de que texto e imagens devem manter-se igualitárias numa revista. Porém, ele já foi muito melhor desenhista. Eu achava que não, mas andei lendo uns Homem-Aranha velhões dele e a comparação é até injusta. Não que hoje ele seja ruim. Aliás, é bem melhor que a maioria...

Já o senhor Frank Miller é o que pode ser chamado de um embusteiro. Um golpista, um farsante. Eu respeitava o cara. Ele fez maravilhas no Demolidor. E no Batman, ele teve momentos mágicos. Sem falar em Sin City (no começo) e 300 de Esparta.
Mas depois de DK2 ele perdeu completamente a noção. Aquilo é um desrespeito com os leitores, uma farsa sem tamanho. Não sei como a DC teve coragem de publicar (pelo menos tiveram a decência de aceitar a devolução). Não respeito e nunca mais compro nada que tenha o nome desse senhor na capa. Não é nem dizer que a história tava ruim e eu não gostei. Simplesmente NÃO HÁ HISTÓRIA!!!
É um amontoado de cenas mal desenhadas, com fundo feito por computador da forma mais tosca possível. E colocam o nome do Batman em cima, levando um monte de leitores bobos (eu incluído) a gastar uma grana pra comprar aquele lixo.

Mas deixa eu parar por aqui, senão vou xingar aquele palhaço até amanhã.

Ah, e quem quiser comprar os três números de DK2 gringo, é só passar trinta pilas na minha mão o que tá levando, ok?